Samuel Finley Breese Morse nasceu em Charlestown, Massachusetts em 1791, filho de Jedidiah Morse, um pastor e geógrafo. Iniciou seus estudos na Phillips Academy em Andover, Massachusetts e posteriormente estudou física, ciência e filosofia na Universidade de Yale.
Desde sua adolescência mostrou interesse pela pintura, assim em 1811 viajou para a Inglaterra para estudar na Royal Academy School of Arts com Benjamin West. Morse se tornou um notável pintor de retratos e ainda hoje o retrato do presidente James Monroe feita por ele decora a Casa Branca.
Morse juntamente com o engenheiro Robert Fulton foram homenageados pelo tesouro americano com seus rostos estampados no Certificado de Prata de $2 que deve circulação iniciada em 1896.
A inspiração de Morse para inventar a telegrafia de fio único
Morse regressou aos Estados em 1815 e se tornou um pintor itinerante, viajava por várias cidades para fazer retratos de personalidades. Em 1823 se estabeleceu em Nova York e pintou algumas de suas obras mais famosas, como O Marquês de La Fayette (1825).
Em 1832, após anos estudando arte na Europa durante seu regresso de navio, Morse foi inspirado por uma conversa com um cientista sobre o eletromagnetismo. Dessa conversa Morse começou a imaginar e a desenhar.
Morse dos desenhos ao invento da telegrafia de fio único
Seus desenhos naquele momento transmitiam seus pensamentos sobre a criação de um equipamento que possibilitasse o envio de mensagens a longas distâncias. Muito se questiona a respeito de Morse ter ou não inventado o telegrafo, mas a verdade é que ele já existia, porém, com alcance muito curto e que utilizava vários fios.
Quando voltou em 1832, Morse assumiu o cargo de professor na Universidade da Cidade de Nova York ensinando arte, onde conheceu o professor de química Leonard Gale. Entre 1832 e 1837 Morse tirou seus desenhos do papel e ao longo desse processo conseguiu protótipos rudimentares e pouco eficazes.
Somente em 1837 melhorias foram feitas no projeto com ajuda de Gale o que permitiu um aumento significativo na distância. Com essas alterações no projeto conseguiram atingir uma distância maior que 16 km. Outro personagem que ajudou Morse a desenvolver seu projeto foi Alfred Lewis Vail que conheceu em 1836.
Vail se interessou pelos experimentos telegráficos de Morse e juntos desenvolveram o seu código Morse. Ele o refinaria para empregar um sinal curto (o ponto) e um sinal longo (o travessão). Em troca de participação nos direitos Vail forneceria materiais, mão de obra e construiria maquetes na Metalúrgica Speedwell, de sua família, onde realizaram a primeira demonstração bem-sucedida do telégrafo elétrico em 6 de janeiro de 1838.
A Importância da primeira mensagem de longa distância
Apesar da demonstração bem sucedida, Morse não conseguiu atrair o governo nem investidores e não obteve o aporte financeiro que desejava para fazer a ligação entre Baltimore e Washington.
Ele continuou a aperfeiçoar seu invento e a buscar apoio financeiro para construir sua linha telegráfica. Depois de mais cinco anos de trabalho e muitas tentativas de atrair investidores, em 1843 Morse recebeu uma verba do Congresso.
Em 24 de maio de 1844, Morse realizou um marco histórico ao enviar a primeira mensagem telegráfica à distância, da Câmara dos Representantes em Washington D.C. para a estação ferroviária em Baltimore. A mensagem dizia: “What hath God wrought?” “O que Deus fez?”.
Esse evento marcou o início de uma nova era na comunicação e revolucionou as áreas da política, economia e jornalismo. Para a sociedade a telegrafia representou um avanço sem precedentes na velocidade de comunicação.
Para as empresas significou uma transformação radical na gestão. Mensagens levavam dias, ou até semanas, agora, a comunicação acontecia em questão de segundos, mudando como as pessoas se comunicavam e faziam negócios.
Samuel Morse figura icônica na interseção da arte e da tecnologia
Morse morreu em 1872, em Nova York, aos 80 anos. Deixou um legado de inovação e criatividade que influenciou gerações de inventores e artistas. Seu legado como inventor e sua contribuição para a história da comunicação, transformando como as pessoas e empresas interagem e se comunicam foi monumental. Ele recebeu diversas homenagens e reconhecimentos por sua contribuição à humanidade, como medalhas, monumentos e selos postais. O código Morse ainda é um marco na evolução das comunicações e Morse permanece uma figura icônica na interseção da arte e da tecnologia, cujo trabalho continua a inspirar inventores e visionários pelo mundo.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Samuel_Morse
https://www.britannica.com/biography/Samuel-F-B-Morse
