Hoje vamos falar do surgimento de uma incrível e empolgante invenção do século XXI, a impressoras 3D. Essa tecnologia que permite criar objetos tridimensionais a partir de um modelo digital vem revolucionando diversos setores, desde a medicina até a construção civil. Desenvolvida em meados dos anos 80, mas só se popularizou nos últimos anos com a queda de preços e o aumento da qualidade dos equipamentos.
A história da impressora 3D começa na década de 80, com o inventor japonês Hideo Kodama, que em 1981 desenvolveu um produto que usava luzes ultravioletas para endurecer polímeros e criar objetos sólidos. No entanto, ele não conseguiu finalizar seu projeto devido a um orçamento limitado.
Em 1984, na França, Alain Le Méhauté e Oliver de Witte, engenheiros da empresa Alcatel-Alsthom desenvolveram um dispositivo que combinava formas geométricas complexas com tecnologias de lasers e materiais fotossensíveis, para trazer o digital para o real.
O projeto foi apresentado ao Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), mas também não obtiveram sucesso. O CNRS não aprovou o desenvolvimento, alegando que ele não teria muitas aplicações.
No mesmo ano, nos Estados Unidos, Charles “Chuck” Hull, apresentou o primeiro protótipo funcional de uma impressora 3D. Hull utilizou um processo chamado “estereolitografia” para criar objetos tridimensionais a partir de resinas fotossensíveis.
Chuck Hull patenteou sua invenção, em 1986, e fundou sua própria empresa, a 3D Systems Corp., em Valencia, Califórnia. Em 1988, ele lançou a primeira impressora 3D comercial do mundo, a SLA-1, que usava sua técnica de estereolitografia.
Aplicações da impressora 3D
Prototipagem rápida
A impressora 3D tornou-se uma ferramenta vital para designers e engenheiros que podem criar protótipos físicos de produtos de maneira rápida e eficiente, economizando tempo e dinheiro
Indústria médica
Na medicina, a impressão 3D cria modelos precisos de órgãos para planejamento cirúrgico e próteses personalizadas.
Setor automotivo e aeroespacial
Grandes empresas utilizam impressoras 3D para produzir peças de alta precisão para veículos e aeronaves, reduzindo o peso e aumentando a eficiência.
Arquitetura e construção
Na arquitetura, é possível criar maquetes e protótipos de edifícios, facilitando a visualização e apresentação de projetos.
Materiais utilizados nas impressoras 3D
A impressão 3D suporta uma ampla gama de materiais, cada um com suas propriedades e aplicações específicas:
ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno): é resistente e durável, tornando-o uma escolha popular para peças mecânicas e brinquedos.
Metais: impressoras 3D especializadas podem utilizar materiais como alumínio, titânio e aço inoxidável, sendo vitais para a indústria aeroespacial e automotiva.
PLA (Ácido Polilático): é um bioplástico derivado de fontes renováveis, como milho. É amplamente utilizado devido à sua facilidade de impressão e é frequentemente empregado em impressões domésticas e educacionais.
Resinas Fotossensíveis: utilizadas na estereolitografia, são ideais para criação de objetos com alta precisão e detalhes finos.
As impressoras 3D evoluíram e ainda tem muito potencial para nos surpreender.
Ao longo dos anos, as impressoras 3D evoluíram muito e passaram a usar diferentes técnicas e materiais para criar objetos com mais velocidade, cores e definição.
Uma das técnicas mais populares é a FDM (Fused Deposition Modeling), que foi criada por Scott Crump em 1989 e consiste em depositar camadas de material termoplástico derretido até formar o objeto desejado. Atualmente essa técnica é amplamente utilizada por impressoras 3D domésticas.
A impressora 3D é uma tecnologia que mudou como produzimos e consumimos objetos. Ela permite que qualquer pessoa possa transformar suas ideias em realidade, de forma rápida, barata e personalizada.
Ela também abre possibilidades para a inovação e a sustentabilidade, ao reduzir os custos e o desperdícios de material. A impressora 3D é uma das maiores invenções do século XXI e ainda tem muito potencial para nos surpreender no futuro.
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